O Presidente da República assinou a minuta de um decreto que reajusta o salário mínimo dos atuais R$ 1.320 para R$ 1.412 em 2024.
Em agosto, quando elaborou o projeto de Orçamento, o governo previa que o salário mínimo alcançasse R$ 1.421 no ano que vem. No entanto, a inflação perdeu força. Por isso, o reajuste será menor que o estimado há alguns meses. A Constituição determina que o mínimo deve garantir a manutenção do poder de compra do trabalhador.
O aumento, por outro lado, pressiona as contas públicas. Isso porque o salário mínimo baliza gastos federais, como pagamento de aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de benefícios, como seguro-desemprego e BPC (Benefício de Prestação Continuada), que atende idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.
O aumento real do salário mínimo foi aprovado pelo Congresso em agosto, após medida provisória do Governo em maio – retomando uma fórmula que já havia vigorado em gestões anteriores. Ela é formada pela combinação da inflação medida pelo INPC mais a variação do PIB de dois anos antes.