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Dia Internacional da Mulher: o direito da igualdade que ainda hoje é uma luta diária

By Fevereiro 26, 2021 Março 4th, 2021 No Comments

Celebrado em diversos lugares ao redor do planeta, o Dia Internacional da Mulher é um marco importantíssimo na história. Embora não seja um feriado nacional, devemos olhar com atenção para essa data que representa conquistas em vários aspectos referentes ao direito da mulher.

Graças à luta de figuras grandiosas que se desprenderam de seu tempo para mudar o futuro é que as mulheres do presente possuem direitos sociais, políticos e econômicos assegurados. Ainda estamos distantes da igualdade tão sonhada e defendida por essas ilustres guerreiras, mas reafirmamos aqui, que essa luta não foi em vão.

Em nome de tantas mulheres que deram suas vidas em favor de uma sociedade mais justa e igualitária é que nós, do escritório MS Advocacia, preparamos este post como uma singela homenagem.

Myrthes Gomes de Campos: de Macaé para as páginas consagradas da história

A primeira mulher a exercer a advocacia no Brasil foi Myrthes Gomes de Campos, nascida em Macaé no estado do Rio de Janeiro em 1985. Em um tempo onde era impensável existir profissionais mulheres ocupando posições importantes no país, ela enfrentou todos os preconceitos para escrever uma história diferente. 

Formada pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, Myrthes terminou o bacharelado em Direito no ano de 1898, porém só alguns anos mais tarde em 1906 conseguiu se estabelecer na profissão ao ingressar no quadro de sócios efetivos do Instituto dos Advogados do Brasil.

Desbravando vários títulos inaugurais para uma mulher daquela época, ela enfrentou um país inteiro que acreditava que as mulheres eram inferiores aos homens e provou, com muita sabedoria, que os pensamentos machistas e opressores eram apenas heranças culturais deploráveis e retrógradas.

Uma humanidade ainda em construção

Não precisamos ir muito longe para descobrir que as vozes das mulheres ecoam no planeta há menos de um século. Depois da brilhante Myrthes, foram precisos 55 anos para que uma juíza fosse empossada no Brasil. Foi em 1954, quando Thereza Grisólia Tang, magistrada gaúcha, foi designada juíza substituta da 12ª circunscrição judiciária, sediada em Criciúma, Santa Catarina.

Os capítulos dessa trama ainda estão longe de acabar, infelizmente. Vemos, em grande parte das repartições, públicas e privadas, mulheres excepcionais, ocupando subfunções, ou tendo seus salários diferenciados por conta da sua genética.

Precisamos seguir firmes, homens e mulheres, em favor dessa igualdade que é fundamental para um mundo mais justo e humano.